Manual de Redação
APRESENTAÇÃO
A Coordenação de Comunicação Institucional (CCI) da Universidade Federal do Delta do Parnaíba(UFDPar) desenvolveu este manual para servir de modelo aos servidores e estagiários da CCI, a fim de que a produção dos textos publicados seja padronizada.
Este Manual de Redação apresenta o padrão a ser adotado nos textos produzidos pelos veículos de comunicação da UFDPar. Trata-se de um guia que orienta quanto à estruturação do texto, ortografia de determinadas palavras, inclusive siglas, numerais, datas e horas. Contribui ainda para eliminar algumas dúvidas frequentes e traz expressões a evitar e outras de uso recomendável. No anexo, apresenta lista de unidades organizacionais da UFDPar e suas respectivas siglas.
As propostas foram baseadas no novo acordo ortográfico da Língua Portuguesa e no Manual de Redação da Presidência da República de 2018. Embora esses documentos contenham algumas regras facultativas, o presente guia exibe o padrão escolhido pela CCI, a fim de assegurar a unidade nos textos.
Dessa forma, o objetivo do Manual é garantir uma uniformização das redações, evidenciando que elas fazem parte de um todo, que é a comunicação institucional da UFDPar, mas sem prejudicar a marca pessoal daquele que constrói o texto jornalístico.
Também devem ser orientados pelo presente Manual os conteúdos produzidos para as mídias sociais da UFDPar, contudo eles podem sofrer adaptações devido às diferentes dinâmicas e linguagens adotadas para o ambiente virtual.
Destaca-se que não se trata de um documento final e, portanto, pode e deve ser atualizado a partir de colaborações e do surgimento de dúvidas. No que tange à redação de documentos oficiais, sugere-se consulta ao Manual de Redação da Presidência da República de 2018.
COMO ESCREVER PARA O SITE
Normalmente, o processo de produção de um texto jornalístico se divide em quatro fases: a pauta (escolha do assunto), a apuração (verificação dos fatos e de provas), a redação (organização das ideias transformando-as em texto) e a edição (locação desses textos no jornal, correção e revisão dos mesmos).
Por maior que seja a pressa, o texto depois de finalizado deve ser revisado e corrigido o que for necessário.
A Parte inicial do texto chama-se Lide ou lead, que devem responder sempre às perguntas: O quê? (a ação), Quem? (o agente), Quando? (o tempo), Onde? (o lugar), Como? (o modo), Por quê? (o motivo).
A ESTRUTURA:
O conteúdo mais importante deve ficar situado na parte de superior do texto e o conteúdo mais superficial ou menos relevante, deve se situar a baixo da parte superior do texto. A estrutura deve se dividir em:
Título: chamada para a notícia, comumente apresenta o enfoque que será trabalhado no fato; Evite datar eventos em títulos, a menos que haja importância real nesse tipo de destaque.
O título deve ser uma síntese precisa da informação mais importante do texto. Devem ser concisos e remeter de forma direta e objetiva ao assunto da notícia.
Os verbos são escritos no presente, ainda que o fato seja passado ou futuro.
Ex.: Centro de Práticas Corporais divulga datas de inscrição.
Ex.: Estudante da UFDPar é premiada em concurso de iniciação científica.
Subtítulo: Título complementar ao título principal, serve como um desdobramento, especificação ou complementação deste.
Lide: parágrafos iniciais que apresentam as principais informações do texto;
Informações secundárias: informações complementares àquelas apresentadas no lide;
Detalhes: detalhes adicionais da notícia.
CARACTERÍSTICAS DA LINGUAGEM:
A linguagem deve ser objetiva, acessível e impessoal, atendo-se a representar a realidade dos fatos, sem inserir julgamento pessoal. Busque a síntese, a objetividade, a fluidez, que podem ser conseguidas por meio de frases curtas, produzindo um texto direto, informativo, claro e limpo.
Evite frases e parágrafos longos, gírias, eufemismos, jargões, narizes de cera, termos rebuscados, coloquiais ou que tenham conotação preconceituosa ou discriminatória.
ABREVIATURA E UNIDADES DE MEDIDA
Deve-se evitar as abreviaturas no texto corrido. No caso das unidades de medida, escreva-as por extenso.
Ex.: Foram recolhidos 50 quilos de lixo (e não 50 kg).
Ex.: O fogo destruiu uma área de 10 quilômetros quadrados (e não 10 km²).
O mesmo vale para gramas, toneladas, centímetros, metros, litros, entre outros.
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As abreviaturas podem ser utilizadas em locais com espaço
reduzido, como em títulos, legendas, boxes e infográficos.
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ASPAS
As aspas têm a função de destacar informações no texto. São usadas basicamente em duas situações:
Para transcrever a fala literal de alguém ou reproduzir trechos de documentos, músicas, poemas, entre outros.
Ex.: “Não falta mercado para quem percebe as oportunidades”, afirma a analista Lara Guerreiro.
Ex.: A Constituição Brasileira assegura que “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza”.
CAMPUS
Escreva sem aportuguesamento.
Ex.: Campus, “campi” (plural).
Deve ser escrito com inicial maiúscula ao designar um campus específico da Universidade.
Ex.: Os cursos são oferecidos no Campus Ministro Reis Velloso.
Quando a referência for o espaço físico, use inicial minúscula.
Ex.: O campus de uma universidade é um espaço público em constante transformação.
CARGOS, PROFISSÕES, TÍTULOS E FORMAS DE TRATAMENTO
São sempre escritos em caixa baixa: reitor, pró-reitor, presidente, secretário, coordenador, engenheiro, doutor, etc.
Quando a designação do cargo fizer referência ao departamento/órgão de atuação, mantenha a maiúscula no segundo termo:
Ex.: pró-reitor de Graduação, coordenadora de Assuntos Internacionais, secretária estadual de Educação.
Use vírgula quando se referir a ocupante atual de cargo ou função e houver especificação do nome:
Ex.: O reitor da UFDPar, João Paulo Sales Macedo , esteve em Brasília;
Ex.: A pró-reitora de Ensino e Graduação, Eugênia Bridget Gadelha Figueiredo, participou da reunião;
Não use vírgula quando o cargo, função ou título não pertence a uma única pessoa:
Ex.: A pró-reitora Algeless Milka participou da reunião” (nesse caso, não se especificou qual pró-reitoria);
Ex.: A UFDPar comunica com pesar o falecimento do professor do Curso de Matemática Roberto Ramos.
DOCENTES
A designação de um professor deve ser genérica e não envolve a titulação ou posição na carreira (professor doutor, professor titular, professor adjunto).
Ex.: Participará do evento o professor da Faculdade de Engenharia
Mecânica, Felipe Pamplona.
Mencione a titulação caso o contexto da matéria justifique. É uma forma de esclarecer o leitor sobre o uso daquela fonte.
Ex.: Para a professora Elizabeth Mendonça, doutora em informática, a inteligência artificial pode dizimar a raça humana no futuro.
Caso o professor seja coordenador do curso, esta deve ser a primeira referência.
Ex.: O coordenador do curso de Ciências Sociais da UFDPar, professor
Robinson de Sá Almeida.
ASSINATURA E CRÉDITOS
Em matérias do Portal UFDPar, os nomes do repórter e do fotógrafo vão no fim do texto, em itálico, seguidos das palavras “Texto” e “Fotos”:
Ex.: Texto: Ariana Rodrigues
Fotos: Carlos Siqueira
…………………………………………Atenção!…………………………………………………
Caso o fotógrafo não seja da UFDPar, a empresa ou instituição à qual pertence deve ser especificada logo após seu nome, precedido de uma barra. Os créditos também podem ser atribuídos apenas à instituição ou banco de imagem que forneceu a foto.
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Ex.: Fotos: Adriano Martins/EBC Fotos: Agência Senado
Fotografias cedidas pelas próprias fontes devem ser creditadas como “Acervo pessoal”.
Não se usa ponto final em legendas.
CURSOS
São sempre escritos com inicial maiúscula.
Ex.: O evento é realizado pelos alunos de História.
Especificações dos cursos são escritas em minúsculas.
Ex.: bacharelado em Física, pós-graduação em Ortopedia, mestrado em Comunicação.
………………………………………Atenção!……………………………………………………
Quando se tratar de idiomas, use inicial minúscula.
Ex.: português, francês, língua portuguesa.
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DATA
Nas notícias para o Portal UFDPar e nos releases, não factualizar o texto com expressões como ontem, hoje e amanhã. Use o dia da semana, seguido do dia e mês entre parênteses, em algarismos.
Ex.: A exposição começou nesta segunda-feira (11/4).
Ex.: Começam nesta quinta-feira (15/1) as matrículas dos aprovados no SiSU.
Note que não há necessidade de colocar o zero antes de algarismos de um a nove. Portanto, não use 11/04.
Para datas não factuais, use o dia em algarismos e o mês por extenso.
Ex.: A exposição segue até o dia 29 de abril. Lembre-se de que o primeiro dia do mês é ordinal.
Use numeral ordinal para redigir o primeiro dia do mês: 1º.
Ex.: O prazo vence em 1º de junho.
O ano não leva o ponto que separa o milhar. Portanto, escreva 2019 e não 2.019.
DINHEIRO
Os valores monetários são redigidos em algarismos e sem os zeros após a vírgula: use 5 reais e não R$ 5,00.
Ex.:Os ingressos para os filmes podem ser adquiridos na bilheteria do Cinema por R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia)”.
Ex.: Para o Propopi serão direcionados R$ 12 milhões.
Abaixo de mil reais, evite o símbolo da moeda. Prefira a grafia por extenso: 80 centavos, 2 reais, 5 dólares, 10 libras.
Podem receber o cifrão quantias “quebradas” que, no contexto, precisam ser expressas em sua totalidade.
Ex.: A inscrição custa R$ 78,65.
No caso do dólar, usar US$. As demais moedas devem ser escritas por extenso.
Acima de mil reais, prefira a forma com o cifrão: R$ 2 mil, R$ 10 mil, R$ 250 milhões.
Quantias “quebradas” recebem a fórmula mista: R$ 1,23 milhão (e não R$ 1 milhão 230 mil).
DISCIPLINAS
Nomes que designam domínios do saber ou disciplinas são grafados com inicial maiúscula.
Ex.: Professores procuram métodos inovadores para o ensino da Física e da Matemática.
O estudante pleiteou quebra de requisito para a disciplina Estruturas Metálicas.
E-MAIL E SITES
A palavra e-mail é grafada com hífen e sem itálico.
Ex.: Dúvidas devem ser enviadas para o e-mail cci@ufdpar.br.
A palavra site também não precisa ser colocada em itálico. Não é necessário colocar o termo “http” no início do endereço.
Ex.: As informações podem ser conferidas no site.
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Em matérias veiculadas exclusivamente pela internet, o endereço pode ser colocado na forma de link.
Ex.: As informações podem ser conferidas no Portal da UFDPar.
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ETC
Evite usar etc. em enumerações. Geralmente é possível substituí-la com outros termos.
Ex.: A data será comemorada com palestras, oficinas, apresentações culturais, entre outras atividades (e não A data será comemorada com palestras, oficinas, apresentações culturais etc.).
Caso seja utilizada, a vírgula antes da abreviação é facultativa (mas nunca use “e etc.”). Sempre a escreva com ponto final, ainda que no meio de uma frase.
ESTRANGEIRISMO
Via de regra, palavras estrangeiras devem ser grafadas em itálico.
Ex.: Muitas pessoas compartilham excessivamente suas informações nas redes sociais, prática chamada de oversharing.
O escritor Bariani Ortencio recebeu o título de doutor honoris causa pela UFDPar.
A regra não vale para palavras estrangeiras de uso comum ou aportuguesadas. Exemplo: campi, campus, internet, mouse, site, link, e-mail, wi-fi, déficit, ranking.
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Nomes próprios estrangeiros não são escritos em itálico.
Ex.: A Apple anunciou seu mais novo lançamento.
O grupo francês Citéluz assumiu a iluminação pública municipal.
Em casos de instituições e órgãos, pode-se traduzir o nome para deixá-lo mais claro.
Ex.: As vagas são oferecidas pela Universidade de Harvard (e não Harvard University). As obras estão expostas no Museu de Arte Moderna de Nova York (e não The Museum of Modern Art).
Palavras aportuguesadas ou que foram incorporadas à língua portuguesa em sua forma original não precisam ser colocadas em itálico.
Ex.: estresse (e não stress), fôlder (e não folder), uísque (e não whisky), download, design, marketing.
………………………………………………Atenção!…………………………………………………
Nomes científicos são em latim. Portanto, devem ser escritos em itálico.
Ex.: A nova espécie de cobra, Cenaspis aenigma, foi descoberta no México.
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EVENTOS (TÍTULOS E TEMAS)
Nomes de eventos (de congressos, conferências, simpósios e demais eventos) devem ser escritos com iniciais maiúsculas (exceto os conectivos) e sem aspas:
Ex.: VII Seminário de Mídia e Cultura, VII Seminário da Rede de Educadores em Museus de Goiás, I Encontro de Paleontologia.
Já o tema do evento vai entre aspas, apenas com a primeira letra maiúscula.
Ex.: O 42º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação tem como tema “Fluxos comunicacionais e crise da democracia”.
O mesmo vale para títulos e temas de campanhas, projetos, programas e obras (discos, livros, filmes, pinturas, peças de teatro, entre outras).
Ex.: Parcerias buscam fortalecer campanha Estude em Goiás (note
que a palavra “campanha” não precisa ser grafada com inicial maiúscula).
Ex.: Este ano, o mote da campanha Setembro Amarelo é “Falar é a melhor solução”.
Ex.: Companhia encena O Lago dos Cisnes há 20 anos. UFG lança o Programa de Mobilidade Estudantil.
Quanto à forma de escrita dos numerais que acompanham os nomes de eventos (arábicos ou romanos), deve-se obedecer à grafia definida pelos seus organizadores.
Ver ASPAS; Ver NÚMEROS.
HORÁRIO
Use o termo abreviado, apenas a letra h para separar as horas dos minutos:
Ex.: 14h, 17h30, 9h45.
Lembre-se de que meia-noite é 0h, não 24h.
Madrugada: de 0h às 6h.
Manhã: das 6h às 12h.
Tarde: das 12h às 18h.
Noite: das 18h à 0h.
Use crase quando houver artigo: das 8h às 12h. Não use crase em “de 8h a 12h” e quando as horas forem antecedidas por preposição diferente de a (após, desde, entre, para): “A reunião ocorrerá até as 18 horas”.
Ver NÚMEROS; Ver DATA.
LEI, PROJETO DE LEI, RESOLUÇÃO E DEMAIS DOCUMENTOS NUMERADOS
Ao se referir a lei, projeto de lei, resolução ou qualquer documento que obedeça a uma sequência numérica, utilizar a forma tipo de documento (inicial maiúscula) + número + ano de publicação.
Ex.: Os contratos na administração pública são regidos pela Lei 8.666/1993.
Ex.: A Resolução CONSUNI 20/2021 dispões sobre os procedimentos para as colações de grau na UFDPar.
Note que não é preciso escrever a palavra “número”, nem mesmo em sua forma abreviada. Portanto, não utilize Lei nº 8.666/1993.
De forma alternativa, é aceitável substituir a barra. Nesse caso, a ideia é chamar a atenção para o ano de publicação da norma:
Ex.: Os contratos na administração pública são regidos pela Lei 8.666, de 1993 (ou Lei 8.666, de 21 de junho de 1993, caso se queira especificar ainda mais.
LINK
Os links enriquecem o texto com informações adicionais e também podem ser usados para valorizar conteúdos produzidos anteriormente. Recomenda-se utilizá-los para que o usuário tenha acesso a outros sites, matérias correlatas da própria Universidade ou de veículos externos, documentos, dissertações, teses, entre outros.
De uma forma geral, o trecho sublinhado já dá a entender que se trata de um link. Expressões no imperativo, como “Clique aqui” ou “Acesse aqui”, devem ser usadas apenas quando for necessário chamar a atenção do leitor, ou seja, quando a informação à qual o link se refere estiver diretamente relacionada à notícia.
Ex.: O Ministério da Educação divulgou nesta terça-feira (25/4) as orientações para o Sistema de Seleção Unificada (SiSU). Acesse aqui o edital completo.
LOGRADOUROS
Devem ter inicial maiúscula, sem abreviação.
Ex.: O principal acesso ao Câmpus é pela Avenida São Sebatião, no Jardim dos Pássaros (e não Av. São Sebatião, no Jd. dos Pássaros).
Ex.: O Laboratório de Análises Clínicas da UFDPar fica na Praça da Graça.
MESA-REDONDA
Escreva com hífen, já que se trata de um substantivo composto.
Ex.: A mesa-redonda discutiu os direitos dos povos indígenas.
Variação: mesas-redondas.
MINIAUDITÓRIO
O hífen só é utilizado quando o prefixo “mini” antecede palavras iniciadas em “h” ou “i”. Portanto, a palavra “miniauditório” não leva hífen.
…………………………………………………Atenção!……………………………………………………
Use as palavras “auditório” e “miniauditório” com iniciais minúsculas para referências genéricas e maiúsculas quando esses locais possuírem nomes próprios. O mesmo vale para espaços similares.
Ex.: O auditório do campus ficou lotado para a posse da nova diretora.
Ex.: O recital será realizado no Auditório Ministro Reis Velloso.
Ex.: Obras da artista estão expostas na Galeria Paulo Campos Guimarães.
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NOMES PRÓPRIOS
Ao citar determinada pessoa pela primeira vez no texto, use o nome e o último sobrenome, ou o sobrenome pelo qual a pessoa é conhecida ou prefere ser chamada. Quando houver oportunidade, pergunte ao entrevistado de que forma ele quer seu nome escrito no texto.
Ex.: “O pró-reitor de Assuntos Estudantis e Cidadania, Gustavo Forde, afirma que essa conquista é resultado de uma série de ações”.
Ex.: Ofir Bergemann (e não Ofir Bergemann de Aguiar), Giselle Ottoni (e não Giselle Ferreira Ottoni Cândido).
Exceção: biografia e obituário, quando se escreve o nome completo.
Em caso de entrevistado ocasional (um professor, um estudante, o participante de um evento), use o prenome e de um a dois sobrenomes:
Ex.: Gilberto Avelar (e não Gilberto Macedo de Souza Avelar), Marina Garrido (e não Marina Camargo Faria Garrido). Como regra geral, utilize o prenome e o último sobrenome.
Atenção ao prenome composto:
Ex.: Marco Aurélio Lemos (e não Marco Lemos), Ana Carolina Horta (e não Ana Horta).
A exceção fica por conta de supressão requerida pelo próprio entrevistado: Rosana Rodovalho (e não Rosana Aparecida Rodovalho, caso ela mesma tenha pedido para suprimir o segundo nome).
Para retomar nome masculino, use somente o sobrenome:
Ex.: “Segundo Forde, também na assistência houve ações de melhoria”.
Em caso de nomes femininos, utilize sempre o nome e o sobrenome:
Ex.: “A vice-reitora da UFDPar, Ethel Maciel, aponta que o resultado é fruto de gestão”.
Quando houver citação do cargo ocupado, esse deverá anteceder o nome do ocupante:
Ex.: “[...] afirmou o coordenador do projeto, Alberto Ferreira de Souza”; “[...] explica o diretor de Materiais e Patrimônio, Renato Fraga”; “Segundo o estudante de Engenharia Elétrica e presidente da Atlética Central, Bernardo Figueiredo, a Copa UFDPar é o maior e mais tradicional torneio esportivo da nossa Universidade”.
Quando houver citação do cargo ocupado, não use o termo “professor” ou “professora”: “A superintendente de Educação a Distância da UFDPar, Maria José Rodrigues, afirmou que o lançamento do novo portal é um sonho antigo”.
NÚMEROS
Os numerais de zero a dez: são grafados por extenso:
Ex.: “Evento celebra dez anos do curso de Terapia Ocupacional da UFDPar”.
Os numerais de 11 em diante: use algarismos, exceto cem, mil, milhão:
Ex.: “Participaram do exame 11 graduações da Universidade”; “Seminário marca os cem anos do eclipse de Sobral”.
A partir de mil, use a forma algarismo + unidade (para mil não é necessário o algarismo 1):
Ex.: 2 mil; 1,3 milhão; 10,5 bilhões
Ex.: “Mais de dez mil pessoas responderam à enquete”; “Mais de 11 mil pessoas responderam à enquete”.
Números ordinais escreva por extenso: primeiro dia, quarto aniversário, 189 edição.
Caso haja necessidade de especificar todos os algarismos, utilizar o ponto que divide o milhar:
Ex.: foram registradas 1.347 ocorrências (exceto o ano, que é escrito sem ponto: 2019 e não 2.019).
Idades: O menino tem 3 anos.
Unidades de medida: Não use os símbolos º, g, kg, km, m, cm, escreva por extenso:
Ex.: 5 quilos, 3 litros, 8 metros
Endereços: Alameda das Rosas, 8 (não há necessidade de escrever “nº”).
Resultados de votações e julgamentos: O projeto foi aprovado por 5 votos a 4.
No início da frase, escreva o número por extenso (títulos podem começar com algarismos).
Ex.: Trezentas pessoas participaram do ato na Praça Universitária.
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Números abaixo de dois fazem a concordância sempre no singular: 0,9 metro; 1,9 milhão.
Com milhão, bilhão, etc; prefira o verbo no plural: 1,9 milhão de pessoas estavam presentes.
Em pontuações, os números são redigidos em algarismos (com exceção do zero):
Ex.: “Três cursos da UFDPar receberam nota 5 no Enade nesta segunda”
Ex.: “Em uma escala de zero a 100, a UFDPar obteve o total de 78,67 pontos.
Nos nomes de eventos, use o numeral (romano ou ordinal) conforme definido pela organização:
Ex.: VII Seminário de Prevenção de Suicídio do Espírito Santo; 12º Congresso Brasileiro de Linguística Aplicada.
PORCENTAGEM nos numerais são redigidos em algarismos (com exceção do zero)
Ex.: “O salário dos técnico-administrativos das Ifes subirá 100%”; “A inflação baixou até 0,5%”; “A taxa de desemprego no país caiu 3% neste mês”.
GRAFIA DE VALORES MONETÁRIOS
Os valores monetários são redigidos em algarismos e sem os zeros após a vírgula: use R$ 5 e não R$ 5,00.
Ex.: “Os ingressos para os filmes podem ser adquiridos na bilheteria do Cinema por R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia)”; “Para o Propex serão direcionados R$ 12 milhões”.
ON-LINE
A palavra é escrita com hífen, assim como o oposto “off-line”. Por ser um estrangeirismo incorporado à língua portuguesa, pode ser grafada sem itálico.
ÓRGÃOS ADMINISTRATIVOS
Veja quais são os órgãos administrativos da UFDPar e suas siglas
SIGLAS
Escreva em maiúsculas todas as siglas até três letras:
Ex.: Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Artes Visuais ( FAV ), Instituto de Ciências Biológicas (ICB).
As siglas e acrônimos com quatro letras ou mais, quando pronunciáveis, recebem apenas a inicial maiúscula:
Ex.: Escola de Música e Artes Cênicas (Emac), Faculdade de Filosofia (Fafil), Faculdade de Nutrição (Fanut).
As siglas com quatro letras ou mais, em que cada letra é pronunciada separadamente, recebem todas as letras maiúsculas:
Ex.: Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PRPG), Escola de Engenharia Civil e Ambiental (EECA), Laboratório de Controle de Qualidade de Fármacos e Medica- mentos (LCQM).
Siglas criadas com diferenciação entre maiúsculas e minúsculas de uso já consagrado ou originalmente criadas dessa forma devem ser respeitadas:
Ex.: Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPar), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Universidade de Brasília (UnB), Sistema de Seleção Unificada (SiSU).
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A primeira referência ao órgão/instituição no texto deve ser escrita por extenso, seguida da sigla entre parênteses. Depois disso, basta utilizar a sigla:
Ex.: A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) solicitou explicações da prefeitura. (...) Caso não seja atendida, a OAB não descarta entrar com ação na Justiça
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Veja, no Anexo, a lista de unidades organizacionais da UFDPar e suas respectivas siglas.
TÉCNICOS ADMINISTRATIVOS
Quando o termo estiver acompanhado de palavras como “servidor” ou “funcionário”, deve-se usar o hífen, já que a função será de adjetivo.
Ex.: O servidor técnico-administrativo tomou posse em janeiro.
Variações: Servidora técnico-administrativa; servidores técnico-administrativos; servidoras técnico-administrativas.
Quando o termo estiver isolado na frase, o hífen não deve ser utilizado. Nesse caso, “técnico” é substantivo e “administrativo”, adjetivo.
Ex.: UFDPar contrata técnicos administrativos.
Variações: técnica administrativa; técnicos administrativos; técnicas administrativas.
TELEFONE
Escreva os números de telefone com separação entre os dígitos iniciais e os finais. Se houver necessidade de incluir o código de área, coloque-o entre parênteses, separados por um espaço.
Ex.: (86) 3521-1311.
VERBOS DECLARATIVOS OU DICENDI
Verbos declarativos são geralmente usados após declarações e citações. Prefira verbos neutros, como dizer, afirmar e declarar.
Ex.: “É possível gerar desenvolvimento sem prejudicar o meio ambiente”, disse a coordenadora.
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Evite verbos que remetam a uma interpretação do repórter em relação à declaração, pois eles podem dar outro sentido à frase.
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Ex.: “Estamos passando por um momento difícil”, afirmou o diretor (e não “Estamos passando por um momento difícil”, lamentou o diretor). “Não admitimos esse tipo de atitude”, declarou o prefeito (e não “Não admitimos esse tipo de atitude”, disparou o prefeito).
Verbos como alertar, assegurar, cobrar, comemorar, concordar, denunciar, discordar, estimar, exemplificar, garantir, propor, rebater, reforçar, relatar, resumir, revelar, sugerir, entre outros, só podem ser usados se a declaração realmente tiver algum desses sentidos.
Ex.: “Os altos níveis de gordura nos alimentos processados aumentam o risco de doenças cardiovasculares”, alerta o médico. “A tarifa do transporte coletivo não será reajustada”, garantiu o presidente da CMTC.
Para evitar repetições, é possível usar os seguintes verbos (desde que expressem exatamente as citações), dentre outros, são:
Acentuar, achar, acreditar, acrescentar, admitir, afirmar, alegar, analisar, argumentar, assegurar, avaliar, comentar, complementar, completar, concluir, considerar, contar, definir, destacar, dizer, esclarecer, explicar, finalizar, frisar, garantir, informar, lamentar, lembrar, observar, opinar, ressaltar, resumir, salientar.
Pense sempre no sentido literal (ou irônico, ou provocativo) de determinados verbos, como “disparar”, “sugerir”, “contar”, “narrar”, “declarar”. Assim, cuidado ao utilizá-los.
VERBOS (tempo verbal)
Em matérias de cobertura, factuais, utiliza-se o tempo verbal pretérito perfeito (passado).
Ex.: Na abertura do evento, o pró-reitor de Graduação, Laerte Guimarães, destacou a importância da internacionalização da Universidade.
“A colaboração internacional resulta em pesquisas de alto impacto”, afirmou o professor.
Em matérias não factuais e reportagens, deve-se utilizar o presente. Ex.: “O Brasil ainda precisa reconhecer a importância da ciência”, afirma a professora.
…………………………………………Atenção!……………………………………………
Nos títulos, os verbos devem ser preferencialmente escritos no presente, ainda que a matéria se referia a eventos passados ou futuros.
Ex.: UFDPar recebe evento sobre saúde pública (em caso de evento futuro). Especialistas discutem mudanças climáticas (em caso de evento passado).
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UNIVERSIDADE
A palavra Universidade sempre irá em maiúscula quando se referir à UFDPar. É uma opção para evitar repetições no texto.
Em referências genéricas, use letra minúscula.
Ex.: Políticas afirmativas garantem mais acesso à universidade.
EXPRESSÕES A EVITAR E EXPRESSÕES DE USO RECOMENDÁVEL
Evite o uso da palavra calouro, principalmente em contexto que remeta à prática do trote. Prefira estudante, ingressante, novos estudantes, alunos.
Evite docente; prefira professor (não use “professor doutor”, e sim “professor”).
Evite as referências temporais ontem, hoje e amanhã; prefira usar nesta segunda (em vez de hoje), nesta terça (em vez de amanhã), nesse domingo (em vez de ontem), seguidos do dia do mês entre vírgulas.
Evite Junto a”: Vício de linguagem muito comum, essa expressão tomou conta de redações de jornais, assessorias de imprensa, revistas e demais impressos, descaracterizou-se de seu real significado
DÚVIDAS FREQUENTES
PRONOMES DEMONSTRATIVOS ESTE, ESSE, AQUELE E SEUS DERIVADOS
Em relação ao tempo
Presente ou futuro próximo - Use este e seus derivados Nesta segunda (hoje), nesta terça (amanhã) ou “Reportagens desta edição [a edição atual] da Revista Universidade apresentam as pesquisas da UFDPar para melhorar a qualidade de vida”
Passado próximo - Use esse e seus derivados. Ex.: Nesse domingo (ontem)
Passado muito distante - Use aquele e seus derivados. Ex.: Naquele ano, naquela década
Em relação ao texto
Para se referir a termo que será mencionado - Use este e seus derivados
Ex.: “Estes são os cursos que receberam nota máxima: Publicidade e Propaganda, Direito e Psicologia”.
Para se referir a termo que já foi mencionado - Use esse e seus derivados
Ex.: “Publicidade e Propaganda, Direito e Psicologia. Esses são os cursos que receberam nota máxima”.
Quando dois termos foram citados, para se referir ao elemento mais próximo, use este e seus derivados; para se referir ao elemento mais distante, use aquele e seus derivados “Administração e Jornalismo obtiveram nota 4. Este oferece curso diurno, aquele, diurno e noturno”
Em relação ao espaço
Proximidade da pessoa que fala - Use este e seus derivados
Ex.: Este aqui é o prédio onde trabalho.
Proximidade da pessoa de quem se fala ou coisa muito distante - Use aquele e seus derivados
Ex.: “Casa 34 é parte de uma série de trabalhos iniciados em 2016 – ano em que a antiga residência foi derrubada. ‘Foi nos escombros que comecei a rebuscar as memórias vividas naquele espaço’, explica o artista”.
POR MEIO DE X ATRAVÉS DE
“através de” Use só quando a ideia for realmente de algo que atravessa, percorre ou perpassa alguma coisa ou alguém.
Ex.: “A luz passava através da janela”; “Ela correu através dos campos”; “Aquela lenda se mantém através dos séculos”; “A bala do revólver atingiu o homem depois de passar através do biombo”)
Nos demais casos escreva “por meio de”, “por intermédio de”, “por”, “pelo”, “pela”
Ex.: “A mudança de trabalho ocorreu por meio da conscientização de todos”; “Para os protestantes, e segundo a Bíblia, a salvação se dá unicamente por intermédio de Jesus Cristo”; “O ofício foi entregue pelo mensageiro”.
Ex.: “A UFDPar se manifestou por meio de nota oficial”.
Técnico-administrativo - Use ambos os termos no plural quando se tratar de substantivo, e somente o segundo termo no caso de adjetivo:
Ex.: Os técnicos-administrativos se reuniram no Teatro.
Ex.: Os servidores técnico-administrativos comemoram seu dia em outubro.
“Por que”, “por quê”, “porque”, porquê”, “que” e “quê”:
Use “por que” nas perguntas e nos casos em que a expressão pode ser substituída por “razão”, “motivo”
Ex.:“Ignoro por que ela não foi ao cinema”; “Não sei por que ela chorou”
ou “pelo qual” e “para que”
Ex.:“Ela escolheu o caminho por que seguir”; “Trabalho por que possa sustentar minha família”.
Use “por quê” quando a expressão vier no fim da frase
Ex.: Você não foi ao cinema? Mas por quê”?
Ex.:Ela chorou por quê?”
Use “porque” quando significar uma explicação equivalente a “uma vez que”, “pois”, “pelo fato ou motivo de que”
Ex.:“Ela não foi ao cinema porque estava doente”; “Porque estava triste, ela chorou”)
ou quando se faz pergunta propondo resposta:
Ex.:“Você não foi ao cinema porque estava doente?”; “Só porque está aborrecido você chorou?”.
Use “porquê” (como substantivo) nos casos de substituição de “causa”, “razão”, “motivo”
Ex.: “Nem imagino o porquê de seu silêncio”; “São tantos os porquês que não haverá tempo para as respostas”.