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29 de agosto marca o Dia Nacional da Visibilidade Lésbica
O Dia Nacional da Visibilidade Lésbica é celebrado anualmente em 29 de agosto no Brasil. A criação da data tem como principal objetivo o foco no combate à lesbofobia, ou seja, o preconceito contra mulheres lésbicas. Segundo os dados mais recentes do 1º Lesbocenso Nacional, relativos aos anos de 2021 e 2022, mais de 78% das mulheres lésbicas do Brasil relatam que já sofreram algum tipo de assédio ou violência.
O machismo e outras formas de preconceito são os principais alvos a serem combatidos pelos movimentos que lutam pelos direitos LGBTQIA+. No entanto, sem deixar de lado a importância da luta por uma geral igualdade entre os diferentes gêneros sexuais, o Dia da Visibilidade Lésbica dá destaque ao papel da mulher gay. As lésbicas, além de enfrentarem o preconceito por sua orientação sexual, ainda carregam uma discriminação histórica por serem mulheres (misoginia).
Em 29 de agosto de 1996 foi realizado no Brasil o 1º Seminário Nacional de Lésbicas (Senale), atual Senalesbi, que discutiu temas como organização coletiva, saúde e visibilidade. A primeira edição do Senale foi organizada pelo Coletivo de Lésbicas do Rio de Janeiro (Colerj), realizada em um contexto em que os movimentos lésbicos no Brasil se consolidavam fora das organizações feministas e pelos direitos de pessoas homoafetivas.
Além de marco para a criação do Dia Nacional da Visibilidade Lésbica, o evento se firmou nos anos seguintes como palco de debate. Dele saíram discussões e reflexões importantes para a busca por direitos e dignidade, pela livre expressão das sexualidades e pela diversidade de orientação sexual e identidade de gênero. Um dos avanços neste debate refere-se à decisão do Supremo Tribunal Federal, tomada em sessão virtual realizada no dia 21 de agosto, que reconheceu que atos ofensivos praticados contra pessoas da comunidade LGBTQIAPN+ podem ser enquadrados como injúria racial. Saiba mais sobre a decisão do STF aqui.